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O Autor

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Ariano Suassuna nasceu na Paraíba em 1927, quando seu pai era governador do estado. Filho de família tradicional e sertaneja, seguia a religião protestante.

Em 1930, por ocasião de lutas políticas, seu pai foi assassinado no Rio de Janeiro, deixando nove filhos no Alto Sertão paraibano. Em decorrência de intensa seca em 1932, os Suassunas perdem grande parte do gado herdado.

Ariano desenvolveu os primeiros estudos em Taperoá (Paraíba) - "no Sertão seco,   alto, áspero e pedregoso" 8- , para onde a família se mudou em 1933. Cursou o ginasial e o colegial (entre 1942 e 1945) em Recife, onde veio a cursar a Faculdade de Direito, formando-se em 1950.

Em 1946, ainda cursando Direito, Ariano Suassuna funda, com amigos como Hermilo Borba Filho, José Laurêncio de Melo, Capiba, entre outros nomes importantes, o Teatro do Estudante de Pernambuco e converte-se ao catolicismo.

Tornou-se, em 1956 — mesmo ano em que deixou a advocacia —, professor de Estética na Faculdade de Filosofia da Universidade do Recife. Foi crítico teatral do Diário de Pernambuco. Casou-se em 1957, no dia do aniversário do pai.

Foi nomeado membro do Conselho Federal de Cultura em 1967, onde permaneceu até 1972.

Em 1969 foi nomeado Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco, onde, ao lado de Capiba, Guerra Peixe, Cussy de Almeida, Jarbas Maciel e Clóvis Pereira, iniciou as buscas por uma "música erudita nordestina". Neste cenário funda, em 1970, o Movimento Armorial, envolvendo, além da música, a literatura, o teatro, o cinema, a dança, a arquitetura, a pintura, a escultura, a cerâmica, a tapeçaria, a gravura.

Teve uma participação bastante efetiva como secretário de Cultura de Pernambuco no último mandato de Miguel Arraes.

Autor de várias peças, duas das quais premiada em concursos locais, recebe em 1957 vários prêmios: Prêmio Vânia Souto de Carvalho, em São Paulo, por montagem de O Casamento Suspeitoso, pela Companhia Sérgio Cardoso, Medalha de Ouro da Associação Paulista de Críticos Teatrais por O Santo e a Porca, Medalha de Ouro, no Rio de Janeiro, por O Auto da Compadecida.

 

8 Expressão cunhada no texto "Ariano Suassuna - história pessoal sob forma cronológica" In: SUASSUNA, Ariano. Romance d'a pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta - romance-armorial-pupolar-brasileiro, Rio de Janeiro. Livraria José Olympio Editora, 1976, 4ª ed..pXV.

 

Obras do autor

Didática - Manual de Estética (1956)

Poética - O Pasto Incendiado (1945-1970)

Literária - A História do Amor de Fernando e Isaura (1956)

  • Trilogia (inacabada) Quaderna, o Decifrador:

        1. Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai- e-Volta -romance-armorial-popular-brasileiro (1958-1970)
        2. O Rei Degolado ao Sol da Onça Caetana (1977)

    Dramatúrgica -

    I Peças longas

  • Uma Mulher Vestida de Sol (1947)

    O Desertor da Princesa ou Cantam as Harpas de Sião (1948)

    Os Homens de Barro (1949)

    Auto de João da Cruz (1950)

    O Arco Desolado (1952)

    Auto da Compadecida (1955)

    O Casamento Suspeitoso (1957)

    O Santo e a Porca (1957)

    A Pena e a Lei (1959)

    Farsa da Boa Preguiça (1960)

    A Caseira e a Catarina (1962)

    Conchambranças de Quaderna (1987)

    A História do Amor de Romeu e Julieta (1995)

  • II Entremezes

  • Torturas de um Coração ou Em Boca Fechada Não Entra Mosquito (1951)

    O Castigo da Soberba (1953)

    O Rico Avarento (1954)

    O Homem e a Vaca (1958)

    O Poder da Fortuna (1958)

  • Comentários sobre o Autor

     

    "Ariano Suassuna funde, em seus trabalhos, duas tendências que se desenvolvem quase sempre isoladas em outros autores, e consegue assim um enriquecimento maior da sua matéria-prima.

    Alia o espontâneo ao elaborado, o popular ao erudito, a linguagem comum ao estilo terso, o regional ao universal" 9.

    Sábato Magaldi

     

    " Com Ariano Suassuna começa a surgir um teatro do Nordeste, assim como se constitui e persiste um romance do Nordeste: com sua fisionomia própria e inconfundível.

    Nunca um teatro de motivo brasileiro encontrou tanta nitidez os seus legítimos recursos expressivos." 10

    Eduardo Portella

     

    "Nos Manifestos do Movimento Armorial estão colocados seus objetivos ligados a um querer atuar artisticamente no campo erudito 'a partir da cultura popular'. E no interior de suas obras - poemas, romances e textos dramáticos (lembrando que em suas peças a noção de gênero se dilui) - é instigante observar os meandros da circulação existente entre diferentes faixas culturais, assim como o cruzamento de variadas manifestações sacras e festivas (...)" 11

    Beti Rabetti

     

    "A primeira origem da medievalidade em Ariano Suassuna lhe advém imediatamente de suas fontes, ou seja, a cultura popular transposta para os ambientes cultos, ideário do projeto estético do autor e do Movimento Armorial. 12

    Lígia Vassalo

     

    "Toda a obra de Ariano Suassuna é da linhagem da floração do belo e do lavor pelo amanhecer do bem dentro de cada um." 13

    Geraldo da Costa Matos

     

    9 MAGALDI, Sábato. Panorama do Teatro Brasileiro. Rio de Janeiro: MEC/DAC/FUNARTE/SNT, 1962, 2ª ed.p. 220.
    10 PORTELLA Eduardo. In: Resenha à 14ª edição de SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: Agir Editora, 1978.
    11 RABETTI, Beti. O teatro cômico no Brasil: linhas de construção de uma pesquisa. In: Caderno de Pesquisa em Teatro - Ensaios nº 3. Beti Rabetti (coord.). Um estudo sobre o cômico: o teatro popular no Brasil entre ritos e festas. Rio de Janeiro, Uni-Rio: Centro de Letras e Artes: Escola de Teatro: Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Teatro, 1992, p. 16-17.
    12 VASSALO Lígia. O sertão medieval: origens européias do teatro de Ariano Suassuna. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992, p.163.
    13 MATOS, Geraldo da Costa. O palco popular e o texto palimpséstico de Ariano Suassuna. Rio de Janeiro: Carangola. Faculdade de Filosofia de Itaperuna (RJ). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Carangola MG, 1988 p.9.

     

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